Estudantes da ESPM tiveram uma experiência imersiva dedicada a investigar o papel da luz, da sombra e da silhueta na narrativa cinematográfica. A atividade consistiu na produção de uma fotografia inspirada no século XVIII, recriando a estética do rococó, estilo conhecido pela extravagância, pelo refinamento e pelos volumes característicos da moda da nobreza francesa. A oficina aconteceu no dia 25 de agosto (segunda-feira), na disciplina eletiva “Construção Visual de Cena” que desenvolveu o trabalho interdisciplinar de Direção de Arte e Fotografia em um dos estúdios da ESPM.
Para a proposta, uma das alunas se voluntariou como modelo. O desafio era dar vida a um figurino típico da época sem dispor de peças originais. Com isso, o grupo explorou soluções improvisadas na confecção da roupa e da peruca, utilizando materiais alternativos que simulassem as formas volumosas, as saias armadas e os penteados elaborados que marcaram a moda do período. O resultado foi uma produção que, apesar das limitações, capturou com fidelidade o espírito rococó e destacou o potencial criativo da turma.
Além do figurino, os estudantes trabalharam a iluminação e a composição da cena, valorizando a silhueta e o jogo de luz e sombra, elementos discutidos nas aulas teóricas anteriores. A prática reforçou como a direção de arte pode dialogar com a história da moda e com os símbolos visuais de uma época, ao mesmo tempo em que instiga a experimentação e o olhar crítico para soluções cênicas.
Segundo a professora Luciana Andrzejewski, a atividade teve como objetivo estimular a inventividade e mostrar que a limitação de recursos pode ser um motor para a inovação.
A fotografia final, fruto do trabalho coletivo, sintetizou o aprendizado do módulo: compreender que cada escolha estética, do figurino à iluminação, é capaz de transportar o espectador para outra época e enriquecer a narrativa audiovisual com a construção de significados para a imersão do público na obra cinematográfica.
Por Julia Romero
12/09/2025
