[vc_row][vc_column width=”1/2″][nd_options_image nd_options_align=”center” nd_options_image=”25060″ nd_options_width=”80%”][/vc_column][vc_column width=”1/2″][nd_options_testimonial nd_options_color=”#000000″ nd_options_testimonial=”Narrativamente o filme de Varda se distancia do centro gravitacional da Nouvelle Vague, mas considero um marco na maneira como a mulher é retratada no cinema (fora que o filme é uma delicia). Se Hitchcock simbolicamente mata a figura da mulher que reinava em Hollywood em seu Psicose, Varda passa a personagem por um tipo semelhante de desconstrução, ela morre simbolicamente e renasce, inclusive sob outro nome (Florence). Embora o filme seja em preto e branco, ele se inicia numa mesa de tarot, sempre exibida em cores, como um local da magia, contrastante com o real. A cartomante conta a história toda do filme nessa tirada de cartas. Ameaçada pela notícia não confirmada de um câncer, seguimos com Cleo por seu processo de deixar de ser uma bonequinha de louça, um personagem que estava sempre na mira dos olhares (nesta parte do filme, muita camisola, marabu e perucas, muitos espelhos nas cenas), e passa a buscar um novo viver (aqui, óculos escuros, roupas pretas, espelhos quebrados ou dispersos). Um outro homem aparece, mas fugimos também do clássico cavaleiro, é também alguém que está num momento agudo da vida. Não a salva no jeito “tradicional“, mas ajuda a partilhar dores e incertezas. Não formam um casal, não lidam com o amor dentro da casinha de hollywood, mas conseguem ressignificar a vida.
Cleo, de 5 a 7, 1962,
Direção: Agnés Varda”][nd_learning_teachers nd_learning_layout=”layout-3″ nd_learning_id=”20335″][/vc_column][/vc_row]