A Mostra Internacional de São Paulo, fundada em 1977, foi consolidada como um dos maiores eventos de cinema da América Latina. Além de passarem filmes do mundo inteiro, a cada edição, é escolhido um país ou um cineasta para ser homenageado, trazendo destaques para a contribuição destes para a sétima arte. A seleção de um país ou cineasta para ser homenageado não é apenas uma celebração de suas obras, mas também uma oportunidade para fortalecer o intercâmbio cultural. O público tem a chance de conhecer cinematografias muitas vezes ignoradas pelo circuito comercial.
O processo de escolha, ao longo das décadas, variou de acordo com as tendências cinematográficas e políticas globais. Países como França, Japão, Polônia e Itália já foram destacados, com retrospectivas que incluem tanto grandes clássicos quanto produções contemporâneas. Em 2023, por exemplo, o cineasta Michelangelo Antonioni foi homenageado pelo evento, 23 filmes do realizador foram exibidos neste ano, além do poster do ano do festival ter sido inspirado em uma pintura do artista.
Mas por que homenagear países e cineastas? Essa iniciativa nasceu do desejo de expandir os horizontes do público e conectar o Brasil com outras culturas por meio da linguagem universal do cinema. Em uma era onde o streaming e as grandes produções de Hollywood dominam, a Mostra desempenha um papel crucial ao trazer à tona obras menos acessíveis, mas igualmente valiosas, do cinema mundial.